Wednesday, February 28, 2007

Miguel Ramos: Em casas de fado

Miguel Ramos: Em casas de fado

Miguel Ramos à viola, na Adega Machado em 1962.
(de esq. para dir.: Maria da Conceição, Marquês de Tancos,
Túlio Pereira, Cândida Ramos, Miguel Ramos à viola,
Acácio Gomes à guitarra portuguesa).
Fotografia de Miguel Ramos.
Espólio do artista (família Ramos)

Apesar de ter iniciado a sua actividade profissional tocando um reportório musical erudito (acompanhando algumas vezes o guitarrista Carmo Dias em teatros e no Conservatório Nacional no final da década de 1920), foi no âmbito do fado que teve mais oportunidades de actuação, e (podemos supor) uma recepção salarial mais adequada. Esse novo caminho deu-lhe acesso à uma faceta - que será de importante contribuição à cultura portuguesa (particularmente destacando o Fado) - a de compositor.

Grande parte das suas actuações desenvolveu-se em restaurantes de fado (área de Lisboa) entre outros: Retiro das Marialvas (com o guitarrista José Nunes durante a década de 1940), Cervejaria Luso, Café Luso (acompanhando Jaime Santos), Café dos Anjos, Olimpia Clube (entre as décadas de 30 e 40), Adega Machado (entre 1960 e 1970) onde acompanhou o guitarrista Acácio Gomes, Parreirinha de Alfama (último estabelecimento onde terá trabalhado) e Lisboa à Noite (acompanhando Fernanda Maria).

Não tendo ainda analizado a forma como Miguel Ramos interpretava e acompanhava os artistas de fado, o que se sabe é que a maioria de artistas fadistas apreciava o seu acompanhamento e, considerado referência, era admirado pelos seus colegas, violistas e guitarristas, entre os quais M. d'Assunção e J. Nunes.

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